Vasco de Itaberaí x River Trindade é marcado por confusão dentro e fora de campo; entenda

417
Anúncio

No último domingo (17), no CT da Redenção, o Vasco de Itaberaí venceu o River Trindade por 1×0, com gol de Bruna, pela 1ª rodada do returno do Goianão Feminino de 2023. A partida, no entanto, ficou marcada por confusão dentro e fora de campo. O EG conversou com todas as partes para relatar os detalhes do que aconteceu no duelo.

Mais do futebol feminino
Goianão: Vila Nova faz 15 a 0 e abre returno na ponta; Aliança também goleia

Para entender melhor o contexto da confusão em Itaberaí, o EG entrou em contato com Diana Pereira, presidente do River Trindade; Nélio Martins, treinador do Vasco de Itaberaí; e Murilo Nascente, assessor de comunicação da Federação Goiana de Futebol (FGF).

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

As reclamações do River Trindade

De acordo com Diana Pereira, tudo começou antes mesmo da bola rolar. Quando o ônibus chegou, segundo ela, boa parte da torcida adversária estava embriagada e agredindo verbalmente toda a equipe do River Trindade.

A dirigente conta também que não havia segurança e policiamento, o vestiário estava sujo e sem papel higiênico e não tinha água gelada.

“Nós merecíamos respeito. Eu tenho um gasto muito grande com essas meninas. A gente merecia jogar em um campo com segurança para as meninas. No momento em que a polícia entrou pelo portão, tinha buracos na grade e a torcida estava entrando. Aquilo me deu um desespero. Comecei a chorar, com medo pela integridade das minhas meninas”, relata.

Nas arquibancadas, Diana afirma que pediu para um torcedor parar com os insultos. A filha deste mesmo homem não gostou e jogou uma garrafa de cerveja nela, que quebrou e por pouco não a atingiu. Dentro das quatro linhas, a jogadora Yasmin era o principal alvo da torcida, que a chamava de “traíra” porque era ex-jogadora do Vasco de Itaberaí.

No momento em que outra atleta, Luzia, foi proteger a bola na linha de fundo, abriu os braços e a lateral Andrea, do Vasco de Itaberaí, desferiu um soco no rosto da colega de profissão. A partir daí, teve início uma confusão generalizada.

“Eu vou buscar o meu direito. Eu tenho certeza de que não fizemos nada de errado. Toda vez que o Vasco veio aqui, foram bem recebidos. Não tem cabimento”, conclui.

A versão do Vasco de Itaberaí

Nélio Martins, por sua vez, acredita que os dois lados estão errados na situação. “Nem tudo que eles falaram é verdade. Nunca vi só um time em uma briga errar, quem erra são os dois”, analisa.

Segundo o treinador do Vasco de Itaberaí, foi a jogadora Érica, do River Trindade, que piorou tudo quando chegou dando uma “voadora” por trás de Andrea. Além disso, o excesso de jogos entre as duas equipes, culminando no aumento de rivalidade, é um agravante, pontua o técnico.

“Única coisa que eu posso falar é que é um fato lamentável, não gostaria que tivesse acontecido. Todos estão falando coisas que não têm nada a ver, que nosso time estava caçando briga, não foi assim que aconteceu”, opina.

O posicionamento da FGF

Murilo Nascente afirma que a FGF já está se colocando a par da situação, tentando analisar todos os lados para assim tomar uma atitude a respeito. “A Federação ainda está averiguando, escutando as partes para entender melhor o que aconteceu. Depois dessa investigação, vamos emitir algo”, declara.

A súmula da partida já está disponível publicamente. Logo abaixo, tiramos uma captura de tela com as principais observações do jogo, mas o arquivo completo pode ser acessado por aqui.

Confira parte do relatório do árbitro Alfredo Pereira de Ataide Filho, na súmula:

Vasco de Itaberaí x River Trindade é marcado por confusão dentro e fora de campo
Foto: FGF
Acompanhe o EG também nas redes sociais: FacebookTwitterInstagram e Youtube.
anúncio

DEIXE UMA RESPOSTA

Please enter your comment!
Please enter your name here